quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Qual o intuito (finalidade) dos Jogos internos na escola? (Parte 2)

             Claro, não é tarefa fácil, pois nossa sociedade capitalista é extremamente competitiva, tendo ao longo dos tempos o hábito de premiar e prestigiar apenas os vencedores (ditos “melhores”). Mas será essa ideia (perspectiva) que a escola quer propagar?
            Sei que parece difícil (quase impossível) conceber uma competição sem vencedores. Concordo, e certamente haverá vencedores e vencidos. Mas isso não necessita ser de forma exagerada, principalmente pelos adultos envolvidos no processo, quando os mesmos exigem dos filhos (alunos) performances brilhantes e vitórias a todo custo. Exagerando na torcida, com reclamações e pressões não cabíveis a idade e ao intuito dos jogos internos. Um bom exemplo disso é a premiação ser dada apenas para alguns e não para todos, como se o esforço e participação de todos não valessem a pena ou não fossem devidamente merecidos.
            Talvez o melhor caminho e o mais interessante para avançar nessa questão fossem resgatar a cooperação e a ludicidade numa competição como os jogos internos. Nestes jogos, as crianças não precisam sentir-se pressionadas a vencer (para garantir sua medalha e ter o mérito reconhecido por todos) e tampouco, deixarem de competir por medo ou insegurança (de perder a medalha, de não satisfazer os desejos alheios, de errar e sentir-se culpado pela derrota). A criança precisa competir pelo simples prazer de competir, do jogar e de se divertir. Sabemos que a competição é inerente ao ser humano, mas a competição em si não pode transcender os anseios e desejos daqueles que a fazem (as crianças) as suas vontades de brincar, sorrir, se divertir e jogar só por jogar. Finalmente assim os alunos jogarão sem medo ou insegurança de qualquer coisa e sem a pressão exacerbada de ganhar ou perder.

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