O corpo ao longo da história (parte 2)

     Na era romana (27 a.C. a 395 d.C. - Idade Antiga), o corpo (e suas práticas) ainda estava unido ao conhecimento (como na Grécia), porém, o corpo era doutrinado para fins bélicos (guerra). Assim o corpo perde significativamente sua importância social e passa a ser visto como instrumento de prazer e guerra.

     Por falar em prazer, na Idade Média (século V ao século XV) a característica principal foi a sacralização do corpo, tornando-o sinônimo de pecado. As práticas corporais ficam restritas somente aos nobres que treinavam para defender seu povo em guerras. Neste período, devido a grande valorização do religioso, promoveu-se a demonização dos desejos, entre eles muita coisa relacionada ao corpo, inclusive o prazer e a sexualidade.

     Em meados do século XVIII ocorreu a revolução industrial, transformando o mundo feudal em mundo industrial (dominado pelas máquinas, onde tempo era dinheiro). O corpo não teve, segundo Jatobá e Franco (2007), nenhuma participação direta neste processo, só continuou desvalorizado, assim como tudo relacionado a ele.

Continuaremos as postagens da terceira parte sobre a história do corpo no mundo ocidental em breve.

O corpo ao longo da história (parte 1)

           Nesta postagem faremos um breve resgate histórico da utilização e da valorização do corpo ao longo da história  ocidental.

Na pré-história, o corpo era fonte de sobrevivência humana, pois se dependia única e exclusivamente do corpo para correr, saltar, nadar, arremessar, caçar, pescar etc. Vejamos relatos sobre o que chamam de “corpo utilitário”:

Segundo os evolucionistas, os nossos antepassados primitivos passaram por um processo de adaptação entre constituição corporal e a sua funcionalidade, quando a atividade física (corporal) foi principal meio de sobrevivência.

Ao caçar, pescar e colher tinham os homens que interagir corporalmente gastando energia para conseguir mais energia. Atividades naturais básicas como andar, saltar, trepar, carregar, faziam parte do cotidiano desse corpo utilitário. (CARDOSO, 1994, p. 171).

            Foi no período Helênico (323 a.C a 147 a.C. Idade Antiga) que para os filósofos, esse “corpo utilitário” do homem primitivo iniciou a busca do equilíbrio do corpo com a mente e o espírito (alma). Daí surge a celebre frase de Juvenal “mens sana in corpore sano” que quer dizer “mente sã em corpo são”. Os gregos possuíam uma filosofia onde o corpo tinha importância e destaque, tanto que idealizavam uma intima relação entre o trabalho do corpo e os conhecimentos existentes (filosóficos, matemáticos, químicos, etc.).

                Porém Platão, filósofo grego, separou essa relação e gerou conflito e discussões até hoje. Para ele o corpo era só matéria e a alma era o imaterial e o “divino”, enquanto o corpo estava mudando constantemente a alma não mudava nunca. E ele ainda afirmava que a alma estava aprisionada ao corpo.

                 Em breve postaremos a continuação do Corpo ao longo da história (parte 2).

O que é Corporeidade?

O corpo, assim como a cultura, tem um caráter polissêmico, isto é, pode assumir vários significados (DARIDO e RANGEL, 2005), sendo estes significados resultados do valor que cada sociedade e em cada época que se remete e cultua o corpo.

De acordo com os valores culturais de cada sociedade, o corpo e suas representações terão diferentes espaços e status na organização social, material e simbólica (CARDOSO, 1994).

O que é Corporeidade?

A corporeidade significa a inserção do corpo humano num mundo significativo. É a relação dialética deste corpo consigo mesmo, com outros corpos expressivos e com objetos do seu mundo (meio em qual se insere).

“Pois o homem enquanto corpo expressivo é influenciado pelo meio, bem como, também o influencia”.

A corporeidade compreende o corpo em sua totalidade (de forma geral e complexa) e não o corpo fragmentado.

Para Freire (1991) a aprendizagem formal está presente de corpo inteiro. Pois o ser que pensa é também o ser que age e que sente. E este ser se expressa através dos seus movimentos e expressões corporais.

Somos o que fazemos e não o que dizemos. Cuide bem do seu corpo, pensando na sua saúde (que significa, segundo a OMS: completo bem-estar físico, mental e social) e não só na sua estética.

PS: Na postagem anterior, foi publicada uma crônica de autoria de Hebert Viana, mas após muita polêmica e divergências encontrou-se à verdadeira autora do texto: a jornalista Rosana Hermann. É isso aí devemos dar os créditos a quem os merece!

Questões relacionadas ao corpo e sua representação social

A partir de hoje, começarei a postar textos, conteúdos e vídeos sobre questões relacionadas ao Corpo Humano - A Corporeidade.

E sobre a busca insana e desenfreada de um “pseudo’ corpo perfeito”.

Alguns chamam de Ditadura da Beleza. Outros dizem que é o Culto ao Corpo Ideal. Mas ideal como? Para quem? Porquê?

Não sei como chamar, mas acho que precisamos fazer algo. Parar, pensar, refletir e discutir sobre o assunto, já me parece um bom começo.

Vou fazer minha parte, postando estudos e materiais de aulas sobre a questão do Corpo como algo que expressa a sua identidade, a sua raiz, o seu eu. De forma geral e única através dos movimentos e da expressão corporal.

Pra começar, um texto (uma crônica) escrita pelo músico e compositor Hebert Viana. Achei muito interessante e culminou com um trabalho que vinha desenvolvendo sobre este tema com meus alunos do Ensino Médio.

Cirurgia de lipoaspiração?

Pelo amor de Deus, eu não quero usar nada nem ninguém,nem falar do que não sei, nem procurar culpados, nem acusar ou apontar pessoas, mas ninguém está percebendo que toda essa busca insana pela estética ideal é muito menos lipo-as e muito mais piração?

Uma coisa é saúde outra é obsessão. O mundo pirou, enlouqueceu. Hoje, Deus é a auto imagem. Religião, é dieta. Fé, só na estética. Ritual é malhação.

Amor é cafona, sinceridade é careta, pudor é ridículo, sentimento é bobagem. Gordura é pecado mortal. Ruga é contravenção. Roubar pode, envelhecer, não.Estria é caso de polícia. Celulite é falta de educação.Filho da puta bem sucedido é exemplo de sucesso.

A máxima moderna é uma só: pagando bem, que mal tem?

A sociedade consumidora, a que tem dinheiro, a que produz, não pensa em mais nada além da imagem, imagem, imagem.Imagem, estética, medidas, beleza. Nada mais importa. Não importam os sentimentos, não importa a cultura, a sabedoria, o relacionamento, a amizade, a ajuda, nada mais importa.

Não importa o outro, o coletivo. Jovens não tem mais fé, nem idealismo, nem posição política.Adultos perdem o senso em busca da juventude fabricada.

Ok, eu também quero me sentir bem, quero caber nas roupas, quero ficar legal, quero caminhar, correr, viver muito, ter uma aparência legal mas...

Uma sociedade de adolescentes anoréxicas e bulímicas, de jovens lipoaspirados, turbinados, aos vinte anos não é natural. Não é, não pode ser.Que as pessoas discutam o assunto. Que alguém acorde. Que o mundo mude.

Que eu me acalme. Que o amor sobreviva.

"Cuide bem do seu amor, seja ele quem for”.

Herbert Vianna.

E você o que tem a dizer? Pense e reflita sobre seus valores e suas atitudes!

Quase 60% de acerto na convocação do Brasil contra Argentina

Antes do que estava previsto. Mano Menezes convocou a seleção para o primeiro jogo contra a Argentina em Córdoba, dia 14 de setembro.

Eu esperava obter pelo menos 90% de acerto (humilde, não!?) de acordo com a “convocação dos meus preferidos” postada em 28 de agosto. Mas, acertei apenas quase 60% dos convocados. Quer dizer, dos 24 convocados acertei 14. Nada mal, mas confesso que esperava mais!

A ausência de alguns jogadores deixou-me de certa forma frustrado. Por exemplo: A ausência dos laterais do Fluminense, Carlinhos e Mariano, que há um bom tempo fazem boas partidas pelo tricolor carioca; A também ausência dos volantes Arouca (Santos) e Willams (Flamengo) que na minha opinião estão entre os melhores volantes do Brasil junto com Ralf e Casemiro; Acredito que jogadores como Diego Souza (Vasco) e Dagoberto (São Paulo) já mereceriam uma chance pelo que vem jogando nos últimos jogos do Brasileirão; E por último, a ausência mais sentida: Ganso (talvez pela lesão no jogo da seleção contra Gana).

O nome de alguns jogadores me deixou apreensivo como: Renato Abreu (Flamengo); o bom, mas velho Kleber (lateral do Internacional); Cícero (reserva no São Paulo); Réver (zagueiro do Atlético-MG); e a presença dos volantes Paulinho (Corinthians) e Rômulo (Vasco) no lugar de Arouca e Willams, para mim é um absurdo!

Espero que jogadores como Lucas (São Paulo) e Oscar (Internacional) dêem conta do recado e se firmem nesta seleção. Confesso que gostaria de ver jogadores mais jovens e que estão em melhor momento no Campeonato Brasileiro. Mas, irei torcer de todo jeito pelo Brasil, especialmente contra “estes” argentinos.

Dia do Profissional de Educação Física

Hoje, 1º de setembro, é o dia do Profissional de Educação Física.

Gostaria, antes de qualquer coisa, de parabenizar todos os profissionais desta área. Pessoas que lutam e “matam um leão por dia”. Que se dedicam a esta profissão e fazem da mesma cada vez melhor, apesar de ainda passar por problemas e desvalorizações. O que infelizmente é o mal da Educação Brasileira.

Mas, fico feliz ao perceber que a cada dia o profissional de Educação Física vem sendo mais valorizado, reconhecido e tem conquistado mais respeito e espaço diante da sociedade. Sociedade esta que já reconhece o profissional como uma pessoa importante tanto na área da Educação, quanto na área da saúde e na área social (cidadania).

Esta valorização se dá pela melhora acadêmica nos cursos, maior qualificação profissional e pela atuação do conselho da profissão (CONFEF / CREF). Tenho certeza que há muito a melhorar, mas tudo se encaminha na direção certa, o que nos dá grandes esperanças para um futuro melhor da profissão.

Dedico esta matéria, a todos os amigos que fiz nos cursos de graduação e pós-graduação em Educação Física; aos amigos que fiz na minha vida profissional e aos professores durante minha trajetória estudantil. Especialmente ex-técnicos de futsal e antigos professores de Educação Física que me inspiraram e incentivaram a seguir este caminho.

 Fotos da minha turma de Graduação em Educação Física pela UFPE.

PS: Aproveito a oportunidade e envio a todos um artigo cientifico do meu amigo e ótimo profissional de Educação Física, Flamarion Clériston. Encontrado no Portal da Educação Física e intitulado como: Uma análise da influência do Treinamento de Força sobre o EPOC e o gasto energético. Acesse: www.educacaofisica.com.br