terça-feira, 12 de julho de 2011

Vídeo pesquisado na Internet (Youtube) em 11 de julho de 2011


Dentro da sociedade de classes, o racismo também se faz presente no futebol, desporto que mesmo assim, se transformou numa paixão nacional (DAMO, 2005). Segundo Imbiriba (2003), as primeiras evidências de racismo no esporte estiveram presentes numa fase muito importante de sua história: a passagem do amadorismo para o profissionalismo. Ao mesmo tempo essa transição no futebol foi marcada pelo ingresso de atletas pertencentes às classes populares menos abastadas formando equipes especialmente de negros e mestiços. Para o autor, existem na história do futebol incontáveis momentos em que é feita a apologia do racismo, mas vários movimentos foram contrários a estes costumes.
A presença de jogadores negros e mestiços nos clubes pequenos era tolerada pela aristocracia, desde que não incomodasse o poder dos grandes clubes. Para as classes dominantes, era até bom jogar contra uma equipe formada por negros, mestiços e brancos pobres, uma vez que, ao derrotar esse time, estava sendo ratificada a preponderância de classe e de cor (MARIO FILHO, 2003). Existem algumas histórias populares conforme relata o trabalho de doutorado de Soares (1998), que foi nesses confrontos de times brancos contra times negros que surgiram os dribles no futebol.
Conforme Soares (1998) quando começaram a jogar futebol no Brasil, os negros não podiam derrubar, empurrar, ou mesmo esbarrar nos adversários brancos, sob pena de severa punição: os outros jogadores e até os policiais podiam bater no infrator. Os brancos, no máximo, eram expulsos de campo. Esta redução dos espaços dentro das “quatro linhas”, subproduto de uma situação social obrigou os negros a jogarem com mais ginga, com mais habilidade, evitando o contato físico e reinventando os espaços. Sim, porque o drible não é outra coisa que a criação de espaço, onde o espaço não existe. Assim sendo, parece inegável que foi o jogador negro que imprimiu no futebol brasileiro um estilo próprio de magia e arte, com dribles e sua ginga.

Lute você também contra o racismo, seja ele no futebol, no esporte em geral ou em qualquer lugar! 

6 comentários:

Bruno Lima e Silva disse...

Nao sei como ainda existe esse tipo de comportamento. Pena, pena...

Bruno Lima e Silva disse...

Por isso o Santa Cruz Futebol Clube possui a torcida que tem, pois foi o primeiro clube do estado nao sei se do Brasil, a aceitar jogadores negros, e ainda melhor, os melhores jogadores do time era da cor negra. Cor nao eh nada, carater sim.

Prof. Artur Felipe disse...

Pois é, a cor da pele não faz ninguém melhor ou pior do que ninguém. E sim seu caráter e sua personalidade. Pena que existam pessoas burras demais para perceber isto.

Anônimo disse...

Nao sou muito ligada ao futebol mas concordo que atitudes como essas citadas no video e no texto, as quais, embora muitas vezes encobertas, sabemos que sao de puro racismo, devem ser abolidas já.
O que importa ao ser humano nao é a cor e sim o caráter, e que caráter tem alguem que reprime o outro apenas por ser diferente? ...
Evelyn - B.J.

Anônimo disse...

Gostei muito da citaçao de Soares no texto, que fala q os negros criaram os dribles, tao importantes no futebol. Sei que o motivo dessa criaçao foi o racismo no jogo e isso nao é nda legal, mas pelo menos assim os racistas podem ver q nao é a cor da pele que capacita as pessoas...
Evelyn - B.J.

karyna disse...

Gostei muito do texto, e das coisas que você expoes. Respeito é sempre bom, não importa o lugar... Vale a pena ressaltar que cor não muda e não diz caráter de ninguém.

Karyna Oliveira (8ªA)