Quanto teremos que pagar pelos novos estádios de Futebol?

Estamos próximos de um grande evento esportivo no Brasil – A Copa das Confederações de Futebol da FIFA. Lembrando que este é apenas um evento teste para a Copa do Mundo.

Há algum tempo venho acompanhando nos sites de notícias e nas redes sociais os comentários a respeito de tais eventos. Não é nosso objetivo entrar na discussão dos gastos exorbitantes do governo, da roubalheira ou do que poderia ser feito com toda essa verba.

Vamos nos ater apenas ao fato de que o Brasil será sede de três importantes eventos esportivos com dimensões mundiais, e que é necessário se preparar em termos de infraestrutura, de melhores condições para os turistas e os próprios brasileiros e o mais importante ainda é aproveitar esses eventos para deixar um legado positivo para o país, como melhorias nas estradas (no trânsito de forma geral), nos aeroportos, nos hotéis, nas cidades em geral.

Mas o que vemos até agora é todos preocupados apenas com as instalações dos estádios, correndo para se adequar a normas (algumas vezes) sem sentido da FIFA.

Não temos dúvidas que os estádios ficarão prontos a tempo, o receio será como o torcedor brasileiro irá “torcer” (cuidar e manter) nestes novos estádios. Em matéria na globo.com a FIFA e COL (Comitê Organizador Local) dizem que os brasileiros terão novas experiências como torcedor, com comodidade e segurança. Mas não podemos esquecer que futebol também e tradição e o estádio trata-se de um espaço social democrático e indistinguível (onde se misturam diversas classes, raças, gêneros e etc.).

A pergunta é: Quanto teremos que pagar pelos novos estádios de Futebol?

O nosso maior medo é que o estádio de Futebol volte a ser um local apenas para os ricos da elite (como era no início do século XX) e que a grande população brasileira apaixonada por este esporte, tenha que se contentar com a televisão.

Deixamos claro que não somos contra a modernização dos estádios, pois as melhorias são muitas: gramados em boas condições, proximidade do campo, segurança na entrada e na saída (ou numa possível evacuação rápida), comodidade (com assentos numerados e marcados, bares e restaurantes, banheiros decentes), acessibilidade, estacionamento, trânsito digno, venda de ingressos pela internet ou diversos pontos nas cidades (onde os torcedores não precisem “dormir”, passar o dia no sol ou brigar pelo ingresso nas filas dos estádios), isso entre outras melhorias nas cidades em si.

O que não podemos deixar que aconteça é que tentem transformar os hábitos culturais e tradicionais dos torcedores brasileiros em seus estádios como proibir o uso de bandeiras, batucadas, charangas, etc. Nem muito menos que exclua a grande massa de torcedores sem condições de pagar ingressos caros como os cobrados na Copa das Confederações.

Essa discussão é boa e tem muito que render ainda... até mais!